terça-feira, abril 25, 2006

Em silencio


Elas caminham lado a lado
Não se tocam
Não se abraçam
Apenas se olham sorrindo


Elas caminham lado a lado
Indiferentes a comentarios
Elas são indiferentes a tudo
Apenas se olham sorrindo

Sofrem com o seu amor proíbido
Amam-se ás escondidas
Longe de olhares
Longe de todos
Mas caminham lado a lado
O percurso de uma vida
E apenas sorriem

Anjo


Sou um anjo com cara de demónio
Sou o bom com o mal estampado na minha face
Sou um anjo em forma humana
Mente e alma presos neste corpo tão profano
Sou um anjo da noite como varios que a povoam
Sou um anjo que nunca aprendeu a amar e só sofreu por desilusão
Sou um anjo assustado que me abrigo na escuridão
A escuridão é a minha casa e a noite é o meu mundo
Um mundo de angustia e desilusão
Um mundo que achei que era perfeito mas que destruiu o meu coração
Mesmo com o meu coração destruido não me vou rebaixar
Escondo-me pelas sombras até te poder tocar
Na escuridão da noite vou ao teu encontro pois quero-te abraçar
Sentir o teu corpo e tua alma e pela ultima vez poder-te sentir.... poder-te tocar

sábado, abril 15, 2006

Pensamento


Se achas que o mundo te virou as costas aproveita e apalpa-lhe o cu.

segunda-feira, abril 10, 2006

Ida e Volta


Na minha profissão, para os passageiros é mais dolorosa a partida que a chegada, é nesses momentos que se veem as emoções á flor da pele, corações apertados, lágrimas e choros incontidos a tristeza de partir e deixar para trás quem se ama e eu fico a olha-los e a beber um pouco de todas as emoções que se vivem na linha de embarque como se fosse um provador de vinhos saboreio de tudo um pouco, ansia, desespero, tristeza e cada vez entendo mais a palavra saudade.
Eu absorvo as emoçoes na partida como se fosse um mata-borrão, pois é dentro do carro que eu tento atenuar um pouco as coisas, tenta-se atenuar um pouco as dores de alguem que deixa para trás um pouco de si.
As voltas são sempre mais agradaveis, os animos são bem distintos é a pressa de chegar a casa é a ansia de estar nos braços de alguem, há as bebedeiras do costume, há o caricato há a vontade de enervar o motorista porque nao há nada mais giro para fazer.
E eu continuo a beber emoções, simplesmente a ver o que se passa entre eles, gosto de ver o que se passa na ida e na volta, se na ida á dôr, saudade, choros o regresso há alegria que transborda, gente contente por ter alguem á sua espera para receber o abraço o beijo tão esperado e sofrido.
Eu apenas observo, mas porque será que me sinto tão mal por não ter ninguem que sofra com a minha ida e que me espere feliz por me rever na volta?

sexta-feira, abril 07, 2006

Linhas na minha cara

Linhas na minha cara, são lagrimas tristes e geladas.
Sim, ao menos admito que choro.
Lagrimas geladas que caem e nunca dizem adeus.
Tanta gente a tentar com que eu sorria e encare a vida de outra maneira e eu nao consigo, é duro de mais estar sem ti.
Não podes matar um sonho, só me podes acordar dele, mas eu volto a sonhar novamente.
É como entrar em espiral lentamente, mas não aceito a derrota e a sonhar encontro forças para te conquistar novamente.
Mas não evito que linhas geladas me atravessem a cara cada vez que penso em ti, são linhas sentidas com recordação de momentos lindos que em conjunto passamos.
É agua salgada as linhas que me escorrem no rosto como o amargo de fél.
Podem ser o que quiserem que seja, para uns de tristeza para outros um desabafo mas para mim...
São lagrimas do amor que sinto por ti.

segunda-feira, abril 03, 2006

Essa boca que tanto beijei nega-me um sorriso

Estou a pagar o meu erro, é bem caro mas estou a aprender a lição.
Uma lição que podia evitar a todo custo ter de aprender ou ter de estudar, mas a vida é assim mesmo.
Não digo que a vida tenha sido má para mim, tenho saúde logo tenho tudo, mas tenho sido mau comigo, sentimentos negativos invadem-me a alma a desconfiança que se apodera de mim sem razão, quero acreditar em mim quero acreditar que um dia vou voltar a sorrir.
São dias terriveis que se passam em sofrimento, gritos e choros escondidos e abafados pela capa do quotidiano,estou a aprender a lição e continuo a pagar caro o meu erro.
As saudades sao evidentes, não imaginas o que custa ver-te e nao poder acenar-te, dizer-te olá ou sorrir-te apenas, parte este coraçãozinho que tanto bem te quer, que tanto amor sente por ti, hoje é tarde para ti.
A indiferença doí bastante, ela tem sido uma arma poderosa contra mim que me deixa á beira do desespero sem saber o que fazer, se te quero dizer algo logo o teu silêncio corta-me a vontade, mas tambem estou a respeitar a tua vontade, nunca te menti, há homens que mentem eu tambem ja menti, mas contigo não tenho coragem e sabes bem o que foi para mim ocultar-te algo.
Amo-te, é a palavra que mais digo em pensamento, essa palavra que não pode ser dita em vão mas eu sei bem o que ela quer dizer e significar, tu sentiste bem a intensidade sofrêga do amor que te tenho.
A vida é assim, ha quem ganhe outros perdem, gente feliz gente triste, eu sinto que perdi,perdi o que mais prezava na vida, a tua presença em mim.
Hoje sofro, mas aprendi a lição e continuo a pagar o meu erro porque a boca que tanto beijei hoje nega-me um sorriso.

sábado, abril 01, 2006

Amar de mais...

Como qualquer outra dependencia, esta tendencia para dar,agradar, e até para mudar os outros pode levar as pessoas a um grande sofrimento.
Trata-se aqui de viver a vida e os sentimentos dos outros,e, quanto maior for a tentativa de controlo sobre os outros, maior se torna o descontrolo de nós proprios.
A co-dependencia leva muitas pessoas a viverem em auto-anulaçao,e se nao tomar-mos consciencia dos seus padroes destrutivos e autodestrutivos,podemos viver uma vida inteira convencidos que sao traços da propria personalidade ou acreditar que a vida é mesmo assim.
Amar de mais tem como caracteristicas, como qualquer outra dependencia,a obsessao e a compulsao,o que leva uma pessoa a viver em funçao da outra, por mais destrutiva ou disfuncional que seja a relaçao.
Uma pessoa que se deixe dominar por estes padroes comportamentais perde a liberdade de pensar e agir em funçao dela propria,dos seus valores e principios.
Esses padroes tornam-se autenticos vicios.
Amar de mais nao nos dá amor nem liberdade, mas sim ansiedade, desgaste,medo,raiva e culpa.
È uma luta constante no sentido de dar,agradar,mudar e salvar os outros para nos sentirmos uteis,necessarios e muitas vezes imprescindíveis.
Fazemos tudo o que está ao nosso alcance para atingirmos os nossos objectivos,mesmo que para isso seja necessario idealizarmos o outro ou até mesmo culpabilizarmo-nos para desculpabilizar o outro.
Fazemos tudo em funçao do outro ou da relaçao e esquecemo-nos de nós proprios e da nossa relaçao conosco.
Consequentemente,tudo aquilo que serve de base para uma boa relaçao conosco proprios, logo com os outros e com a vida,fica esquecido.
Refiro-me aqui á auto-estima,auto-confiança, autocontrolo,segurança e limites.
Esquecemo-nos de nós, do que é bom para nós, do que nos faz sentir bem.
Pensamos em dar e muitas vezes nao nos lembramos de receber.
Viver em funçao de algo que nos traz angustia e sofrimento é, sem duvida, um caminho auto-destrutivo que vamos percorrendo se nao conhecermos ou nao nos ensinarem outro caminho.
Amar de mais leva as pessoas a aceitar e desculpar todo tipo de atitudes dos outros como por exemplo a falta de respeito, a humilhaçao, a mentira ou a traiçao.
Mas como posso eu ser respeitado se nao me respeito a mim proprio?
E o que será entao amar alguem quando nao me amo a mim proprio?
Eu amo de mais, mas quero amar-me respeitar-me e seguir o outro caminho.