sexta-feira, julho 07, 2006

Silêncio das marés


Com os olhos colados no silêncio
Vagueio pela memória do tempo
Sem os abrir...
Declino-me nos pensamentos faceis de digerir
Os outros meto-os no baú
Para que o tempo os mastigue
Com os olhos colados no silêncio
Deslizo pelo mar procurando que ele me ensine
A afogar o sal que me corrói a pele
Acalmando-a como acalma as suas marés
Com os olhos colados no silêncio
Toco ao de leve na tua face
Que continua tão presente em mim
E sinto as palavras saltitantes
Nos teus lábios em silêncio
Quanto aos meus olhos... eles vagueiam á altura das ondas...
Sigo esse silêncio...
Até o mar me responder...

Transparências


Pé ante pé...
Chego-me a um punhado de palavras
Pudesse ela ser minha...
Mas nem sequer o meu evocado ela ouve
Deixo pingar um ultimo pedaço de sonho
Deixo rasgar-se um pequeno sorriso em mim
Deixo que caia como chuva este pranto
Pé ante pé...
Passo depercebido por mim
Olhando estas mãos que outrora desafiaram tantas letras
E enquanto, pé ante pé
Vou passando pelo passado
Pelas palavras passadas, pisadas e escritas por mim
E penso como eu fui tanto e tudo
Hoje???
Sou da máscara um mero pedaço
Sou de um quase nada
Um quase fim...

quinta-feira, julho 06, 2006

Contigo....


Tudo em ti me confunde, algo em ti faz-me hesitar nas defesas que criei em mim.
Olho-te nos olhos timidamente, para não me acusar nem eu sei de quê...
E de repente, sinto-me bem sem saber como lidar com isto
Como se estivesse a descobrir algo de diferente
Algo que me intriga e fascina, mas que tambem me assusta
Esse modo de como lês os meus pensamentos
Faz-me vacilar e é impossivel não reparar nesse esforço
E de repente essa frieza de que tanto me acusam
Quebra-se quando me olhas mais demoradamente
E por fim sou eu mesmo... mais jovem... mais vivo...
Tanto para dizer... mas não sei como
Mas adoro o que libertas em mim
De como me tiras esta máscara que tanto me sufoca
Contigo sou o EU PRÓPRIO que tanto sonho ser

quarta-feira, julho 05, 2006

Tudo em mim era teu...


Sinto a falta do teu toque
Sinto a falta do perfume do teu corpo
O calor que me destruia todas as resistencias
O olhar com que eu te despia
Enquanto o meu sorriso malicioso
Brincava pelo rosto
Foram noites de entrega...
Entre loucuras e promessas, só nós dois existiamos
Um dia perdi-te e perdi a razão
Sem ti sinto frio
Tornei-me amargo...sem capacidade ou vontade de voltar a amar
Ainda te procuro no silêncio das noites em que recuso chorar
Sinal que ainda estás presente
Tento sonhar-te e não te encontro
Desespero por manter a memória de tudo que para mim representas-te...
De cada expressão...do sorriso... do olhar... de tudo que aprendi contigo
Fizeste-me sentir a felicidade e a loucura de te perder
Ainda te chamo...
Ainda te procuro...
Mas já não voltas...

Tu...


Falo para ti neste meu jeito suave
Naquele jeito que te derruba as barreiras
Que te faz esquecer o porquê de nao sentires
Toco-te... desse modo que só o teu corpo reconhece
Pois só eu sei como agrada-lo
Quando fazemos amor parece uma dança só nossa
Adoro sentir o teu corpo vibrar com o meu
Este tipo de desejo que não há como saciar,
E entre beijos e gemidos cada vez és mais minha
Sem reservas sem medos.... só entrega e prazer
As horas vão passando mas não importa
Saber que estarás aqui quando o sol acordar
Faz-me sorrir, um sorriso que acusa a felicidade
Que ambos sentimos
Noto que tremes e olho-te nos olhos
Nada precisa de ser dito
Queres-me sentir dentro de ti e sorrio
Naquele sorriso de criança que tu bem conheces
Enquanto os nossos corpos se juntam num só
As nossas respirações se trocam e confundem
A paixão é consumida durante horas.... dias...
Acabo por adormecer e sonhar
Nesses sonhos que só tu me sabes oferecer

terça-feira, julho 04, 2006

Autor desconhecido


A morte não é a maior perda da vida
A maior perda da vida
É o que morre dentro de nós
Enquanto vivemos

segunda-feira, julho 03, 2006

Ès o meu fruto proíbido


Tiro-te a roupa devagar
Aprecio o desnudar da tua pele
A roupa que se vai e dá lugar á nudez do teu corpo
Desprovida de roupa
Sinto-te, provo-te e vou-te saboreando
Sem pressas com a maior calma do mundo
És o meu fruto preferido
Que devoro com ganas com desejo
Com tesão

A imaginar...


Sinto o teu perfume
Mesmo que nao estejas presente
Imagino o teu sabor, algo que me faz desejar-te ainda mais
A minha lingua
Que faz movimentos imaginários no teu sexo
É doce, é veludo
Tal como o vinho que me embriaga
Olho-te o rosto, vejo-te cerrar os olhos
Sinto-te tremer, as tuas unhas que cravam a minha pele
Sorvo-te até á alma
Foste minha, prisioneira da minha imaginação
Escrava dos meus desejos

Porque as noites mágicas nao têem fim...


Porque são mágicas
porque há cumplicidade
Dois seres que se fundem num só
disfruta-me, saboreia-me
A noite não tem fim
E a porta do meu quarto
Está aberta para ti

Sou ( 2 )


Mesmo sem me vêr
Tu vês-me
Como se estivesse bem abraçado em ti
Causando-te alucinação
Tirando-te a respiração
Não te tocando
Sentes-me dentro de ti
Provocando os teus sentidos
Libertando a tua imaginaçao

Sou...


Sou o teu prazer
Quando me chamas
Quando de mim queres disfrutar
Sou o teu brinquedo favorito
Sou um tornado de fantasias
Que te envolve
E que em ti se dissolve

domingo, julho 02, 2006

No teu sofá


Vimos aquele filme que para mim já nao era novidade
Mas mesmo meio adormecida o teu interesse manteve-se até ao final
Por vezes um bom final de um filme
Pode ser o inicio de coisas maravilhosas
Tal como beijar-te, sentir-te, envolver-te
Estavamos no sofá enroscados e quentes
Semi nus e nao nos parava-mos de beijar
O sofá ja era pequeno ás nossas pretensões
-Isto abre, dizias tu com um sorriso delicioso
Entao já despidos de tudo calaram-se as vozes...
O som dos beijos e gemidos ecoa na sala
Percorre-mos o sofá com os corpos, voltas e mais voltas
Naquele ritmo frenético de quem espera sempre mais
Até que chega o momento em que se faz silêncio
Nesse segundo que dura uma eternidade
O beijo prolongado, o abraço apertado, os corações que batem forte
Os olhos que se olham, o sorriso que sorri
Isto tudo no teu sofá